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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Estacionamentos do P Sul

Comerciantes e moradores do P Sul pedem a retomada da construção dos estacionamentos nas avenidas P2, P3, P4 do setor, em Ceilândia. Mais de 100 dias após o início das obras não há nada pronto no local, apenas poeira e a preocupação da população com a proximidade das chuvas. No mês de maio o secretário de Obras, Márcio Machado, anunciou o início dos trabalhos, interrompidas pouco tempo depois, devido a problemas no local escolhido.

Segundo o prefeito comunitário do Setor P Sul, Fernando Silva, a verba para a construção foi aprovada no orçamento participativo de 2007 da Câmara Legislativa, e vai atender uma velha reivindicação dos comerciantes do local. Foi liberado para obras R$1.2 milhão.

Fernando explicou que o medo da comunidade é que dinheiro destinado para a construção seja redirecionado para outro setor, e mais uma vez os comerciantes fiquem sem estacionamento. Agora, a prefeitura está fazendo um abaixo-assinado para pedir a conclusão das obras. Eles esperam que 500 vagas sejam criadas, para atender aproximadamente 800 comerciantes ao longo das três vias.

A longa novela da construção começou logo que as obras foram iniciadas no mês de junho. Moradores reclamaram que a empresa responsável, que tinha um prazo de três meses para entregar os estacionamentos, não planejou o serviço. Logo no início, várias árvores foram derrubadas sem que os moradores fossem consultados sobre o corte. Por causa da derrubada, os moradores fizeram um abaixo-assinado para interromper a construção.

A outra reclamação vem dos comerciantes. Eles querem que os estacionamentos sejam construídos ao longo das vias e não em frente as entrequadras, como a empresa começou. A queixa é que nesses locais já existem dois estacionamentos. "Queremos que fique claro que este é um anseio da comunidade. Só esperamos a conclusão das obras que foram iniciadas", pediu.

Segundo o administrador da cidade, Leonardo Moraes, já houve uma reunião com o Secretário de Obras para definir o local exato onde serão construídas as vagas e acabar com a polêmica. "Ficamos num fogo cruzado. De um lado as pessoas que querem, e do outro as que não querem o estacionamento. Vamos definir os locais exatos ainda essa semana para que não haja mais enganos", prometeu. O administrador informou que já foi feita uma nova marcação para que dessa vez não aconteçam novos erros. Outra determinação prevista é o plantio das árvores que foram cortadas anteriormente. Leonardo explicou que mesmo com um novo planejamento, será necessária a derrubada de algumas plantas.

O Comerciante Afonso Freire Rodrigues é um dos mais prejudicados pela falta do estacionamento. Ele tem duas lojas na avenida P3, mas segundo ele, sempre tem que estacionar em cima da grama por falta de vagas. "Sempre tenho que colocar o carro na grama e corro o risco de ser multado", reclamou.

Fonte: Tribuna do Brasil

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