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sábado, 28 de novembro de 2009

Jornal Correio Braziliense é citado em denúncia

O jornal Correio Braziliense é citado nas denúncias que Durval Barbosa Rodrigues apresentou contra a cúpula do GDF. Durval afirma que após as eleições de 2006, Arruda teria pedido ao Presidente do jornal, Álvaro Teixeira da Costa, que acionasse os mecanismos do Correio Braziliense para desenvolver uma campanha difamatória contra o próprio Durval Barbosa, e que foi escolhida uma jornalista específica para desenvolver este trabalho.

Coincidência ou não, o Jornal Correio Braziliense têm dado uma cobertura bastante tímida a chamada Operação Caixa de Pandora da PF, se limitando divulgar notas oficiais das autoridades e a colocar em foco o denunciante, quase não citando quem realmente importa: Arruda e Paulo Octávio, Governador e Vice-Governador do DF, respectivamente.

Leia mais notícias em: http://congressoemfoco.ig.com.br

OAB cogita impeachment de Arruda

"Fui muito criticado por receber o apoio do governador José Roberto Arruda, do vice-governador e do presidente da Câmara Legislativa e de outras lideranças políticas. Mas o que eu já estava antevendo é uma grande parceria com o Governo do DF para que a Ordem atuasse não apagando incêndio, mas prevenindo que o incêndio ocorresse. O governador Arruda está promovendo um choque de legalidade e a Ordem deveria estar do lado dele aplaudindo." - Francisco Caputo, presidente eleito da OAB-DF


GDF em xeque: OAB-DF analisa impeachment de Arruda
Fábio Góis

A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF) divulgou nota em que considera a possibilidade de impeachment do governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), apontado como “chefe de uma organização criminosa” por um dos investigados pela Operação Caixa de Pandora – deflagrada na manhã de hoje (sexta, 27), a ação resultou na demissão dos assessores diretos de Arruda, apontado no despacho (leia a íntegra) como mentor do pagamento de propina à base parlamentar aliada ao GDF.

Leia mais:
Durval: Arruda é o chefe da organização criminosa
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Durval detalha "mensalinho" de Arruda em depoimento

Em suma, as investigações se concentram em esquema de distribuição de dinheiro público para a base aliada do Governo do Distrito Federal, envolvendo órgãos públicos da DF. Na manhã desta sexta-feira, diversos gabinetes de deputados distritais da Câmara Legislativa do DF foram alvo de averiguação e retenção de material pela PF, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ao todo, 29 mandatos de busca e apreensão foram expedidos.

A OAB-DF, que examina o despacho de responsabilidade do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Fernando Gonçalves, busca a existência de “elementos” para requerer o impeachment de Arruda. A entidade diz considerar “graves” as denúncias amplamente veiculadas na imprensa no transcorrer desta sexta-feira (confira abaixo a íntegra da nota).

A bancada do PT na Câmara Legislativa do DF, que se reuniu às 21h, já se mobiliza para um possível pedido de impeachment do governador, inclusive na condição de autora. A líder do partido, a deputada distrital Erika Kokay, disse que basta haver a “materialidade” da suposta participação de Arruda nas denúncias para que seja justificada a perda de mandato (leia).

A tempestade de más noticias para o GDF reverberou no Congresso Nacional, embora a quase totalidade dos parlamentares esteja fora de Brasília. Enquanto o PT local já prepara uma ofensiva, a cúpula do DEM prefere manter a cautela. Em sintonia com o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), o líder do partido no Senado, José Agripino (RN), disse ao Congresso em Foco que, enquanto não aparecerem provas cabais da culpabilidade de Arruda, o partido não se manifestará (leia).

Leia tudo sobre a Operação Caixa de Pandora

Confira a íntegra da nota da OAB-DF:

“OAB/DF analisa impeachment de Arruda

Diante das graves denúncias veiculadas na imprensa, a OAB/DF analisará o inquérito que motivou a Operação Pandora, da Polícia Federal, para examinar se há elementos para pedir o impeachment do governador José Roberto Arruda. A decisão foi anunciada pela presidente da Seccional, Estefânia Viveiros, depois de reunião de emergência com o vice-presidente Ibaneis Rocha. Caso haja elementos para pedir o impeachment, a proposta será submetida ao Conselho Pleno, órgão máximo da entidade.”

Fonte: http://congressoemfoco.ig.com.br

domingo, 12 de julho de 2009

O Plano Diretor de Publicidade vai ser posto em prática?

Em 20/08/2008 foi publicado o Decreto n° 29.413 que regulamenta a lei 3036, de 18 de julho de 2002, que dispõe sobre o plano diretor de publicidade e orienta a instalação de meios de propaganda em Ceilândia (veja notícia aqui).

Quase um ano depois da regulamentação nada foi feito. As placas de propaganda continuam a atrapalhar o trânsito de pedestres nas calçadas e passeios da cidade. A poluição visual só tem aumentado, em quantidade e em tamanho, com os empresários que não tem consciência do mal que fazem para a imagem da cidade e de seus próprios estabelecimentos.

Quando a regulamentação foi publicada, há quase um ano, a esperança era que o plano fosse concretizado em todas as cidades, com regras e penas mais rigorosas. E que houvesse a criação de força-tarefa para a retirada de todos os engenhos publicitários instalados em áreas irregulares (principalmente em calçadas e passeios públicos) ou sem conformidade com as normas estabelecidas.

É urgente que seja dada uma atenção cada vez maior à questão da poluição sonora e visual das cidades do DF, com o fortalecimento e requalificação dos órgãos fiscalizadores das atividades urbanas.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Aluguel de bicicletas

A Secretaria de Transportes lançou, nesta quarta-feira (06/05), um edital de concorrência para outorga de concessão para instalação, operação e manutenção de 50 estações de locação de bicicletas.

Empresa ganhadora poderá instalar e operar 50 estações de bicicletas em Águas Claras, no Parque da Cidade, na Asa Sul e Norte, na Ceilândia, entre outras localidades. Cada uma delas deverá ter capacidade para armazenar entre 10 e 20 bicicletas.

Fonte: AGECOM/DF

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Novo condomínio em Ceilândia



A construtora Borges Landeiro acaba de lançar o hotsite de vendas de seu novo empreendimento em Ceilândia - o Borges Landeiro Garden - em construção na QNO 12 no Setor O. Trata-se de um condomínio composto por 12 edifícios residenciais.

O interessante é ver a propaganda enganosa sobre os arredores do novo condomínio (fica parecendo que ele está localizado no meio do Jardim do Éden).

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Projetos Estratégicos para Ceilândia

ESTUDO PRELIMINAR
Área de Dinamização Eixo Ceilândia

A proposta de requalificação do Centro de Ceilândia decorre do leque de oportunidades, especialmente para o desenvolvimento de atividades de serviços, derivados da expansão da linha do Metrô. O metrô representa aumento da acessibilidade e da centralidade cuja conseqüência é a valorização de lotes e edificações. Entretanto, sua forma de implantação criou uma barreira urbana que cortou a cidade da Ceilândia em dois, promovendo um esvaziamento e a decadência da área.


O Plano Diretor de Ordenamento Territorial propõe a estratégia de dinamização de áreas urbanas, em que se inclui o Eixo Ceilândia. Dentro os objetivos da intervenção elencados no plano, encontra-se a requalificação dos espaços urbanos, a introdução de atividades diversificadas, a renovação das áreas obsoletas e degradadas, a partir de uma programa de necessidades baseado em usos multifuncionais, com ênfase na habitação e serviços. Como atividades âncora propõem-se um pólo de educação, que poderá abarcar instituições de ensino médio e superior. (SEDUMA, Documento Técnico do Plano Diretor de Ordenamento Territorial, 2007, p. 191, disponível em:

http://www.seduh.df.gov.br/sites/200/260/00000179.pdf


Nas propostas do novo Plano Diretor de Ordenamento Territorial, a área insere-se na estratégia de dinamização de áreas urbanas, que está voltada à configuração de novas centralidades que promovam o desenvolvimento urbano, econômico e social e induzam o crescimento local e regional. Tal estratégia busca distribuir e incentivar a instalação de atividades de grande envergadura de maneira mais equilibrada pelo território do Distrito Federal, colaborando para descentralizar a oferta de empregos e para reduzir a convergência de fluxos para o Plano Piloto.

O metrô representa aumento da acessibilidade e da centralidade cuja conseqüência é a valorização de lotes e edificações. Entretanto, a forma de implantação do metrô criou uma barreira urbana que cortou a cidade da Ceilândia em dois, promovendo um esvaziamento e a decadência da área.

A proposta do Eixo Ceilândia procura rearticular o espaço linear em torno à linha do metrô por meio de um conjunto de intervenções diferenciadas, com protagonismo na proposta de atividades que atraem usuários de todo o Distrito Federal, confirmando a posição de Ceilândia como importante centralidade regional.


Além da acessibilidade derivada do metrô implantado, a futura implantação do campus da Universidade de Brasília, na proximidade da estação 22, e o novo Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal criam oportunidades para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários no centro da Ceilândia, uma vez que essa área poderá prover esta nova população pendular de ampla gama de serviços e comércios. Além disso, a proposta de residências na área central de Ceilândia poderá ser atraente a este contingente de usuários e trabalhadores que buscarem um local de residência próximo ao trabalho ou estudo. 

O estudo desenvolvido altera o parcelamento registrado na área, marcado por um conjunto de lotes institucionais de grande dimensão, atualmente desocupados. A atual conformação dos espaços livres não contribui à qualificação da área, uma vez que a indefinição de domínios e a ausência de configuração geram a imagem de vazios urbanos.


A reestruturação do parcelamento traz novas oportunidades imobiliárias para a cidade. Sua concepção segue tanto as diretrizes do PDL de Ceilândia, como as diretrizes do Processo 191.000.328/9, que trata do licenciamento do metrô, em que se recomenda, especificamente para o trecho Ceilândia que, no entorno das estações deva-se “instalar equipamentos de interesse comunitário para atividades sócio-culturais, esportivas (...) integrando Ceilândia e o Setor O”. (pág. 1215 a 1217).

Devido à garnde extensão da área de intervenção, o estudo urbanístico procura criar identidades diferenciadas para os diversos trechos urbanos, tendo como referência cada estação do metrô.

O entorno da estação 23 foi caracterizado por atividades comerciais e culturais, com lotes capazes de receber um centro comercial com salas de cinema (seguindo solicitação da comunidade), que ofereça alternativa de comércio e serviços ao Centro Metropolitano, em especial ao campus da UnB;

O entorno da estação 24 foi reorganizado para otimizar os grandes lotes institucionais existentes; diante da proximidade da estação 24 com um centro de ensino, em condições de insegurança, propõe-se permuta de lotes que garanta a construção de uma nova escola, destinando tal lote para um novo centro comercial; propõe-se também que a área do Abadião seja ampliada com outras atividades esportivas, criando um complexo esportivo, inclusive com pólo aquático, hoje localizado timidamente em um dos lotes institucionais.

Entre as estações 24 e 25, nas proximidades do Abadião, propõem-se empreendimentos residenciais de grande porte, que possam oferecer áreas de lazer privadas, tendo os embasamentos como amplas áreas comerciais e de serviços; também são propostos na proximidade do estacionamento público do Abadião lotes destinados a acomodar instituições de ensino médio e superior, em especial aquelas cujos campi encontram-se fragmentados pelo território. Nesta área, o alto potencial construtivo permite a verticalização dos edifícios.

O entorno da estação 25 acomoda um conjunto de edificações e lotes já alineados reduzindo em alguns quarteirões a possibilidade de revisão da morfologia da área; entretanto, onde é possível, são propostos lotes de maior dimensão para acomodar empreendimentos residenciais de grande porte, que possam oferecer áreas de lazer privadas, tendo, nos embasamentos, amplas áreas comerciais e de serviços.

O entorno da estação 26 foi concebido como uma área destinada à produção, que poderá acomodar indústrias leves, complementares ao Setor de Indústrias de Ceilândia.
O estudo propõe ainda a requalificação da via N1, transformando-a em via de mão única, criando espaços para ciclovias e ampliando as áreas de pedestres. e reestruturando as vias locais que servem às QNN, para funcionarem como um binário.


Tal alteração viária procura corrigir os problemas de sistema viário decorrentes da implantação do metrô, abrindo também a possibilidade de transformação de um conjunto de quarteirões ao longo da via N1, adequando-os à tipologia proposta no PDL da Ceilândia, com maior coeficiente de aproveitamento do solo em um parcelamento com lotes de maior dimensão o que permitirá tipologias mais verticalizadas.



Fonte: SEDUMA

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

GDF reajusta tarifa de metrô e micro-ônibus

A assessoria do governador José Roberto Arruda confirmou, no início da noite desta quinta-feira, dia 29, que as tarifas dos micro-ônibus e do metrô vão ficar mais caras. Pelo menos por enquanto, não vai ter reajuste das tarifas de ônibus convencionais. No novo sistema, o passageiro vai pagar somente uma passagem na integração do metrô com o micro-ônibus. 

A integração vai começar com 20 linhas de micro-ônibus que passam por Ceilândia, Taguatinga, Guará e Samambaia; e cinco de ônibus, que passam pela Esplanada dos Ministérios. A integração só vale com o cartão eletrônico. 

Os moradores de Sobradinho e Planaltina vão pagar mais caro nas passagens do micro-ônibus. A decisão do governador José Roberto Arruda vai ser publicada nesta sexta-feira, dia 30, no Diário Oficial. 

“O aumento de qualquer natureza é antipático. Agora, se houver o aumento para as empresas, nós vamos exigir, pelo menos, uma renovação de no mínimo mais 400 ônibus novos nos próximos 90 dias. Essa é uma forma de você retribuir”, diz o secretário de Transportes Alberto Fraga.

Fonte: DFTV

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Com Alvará mas sem Habite-se

Proprietário e morador do prédio onde uma marquise desabou, na quarta-feira (21/01) em Ceilândia, Alfredo Gomes da Silva, 53 anos, prestou depoimento na 23ª DP do PSul. Ele disse que tinha notado as rachaduras na estrutura, segundo o delegado Emerson Cândido dos Santos, e que havia contratado um pedreiro para fazer reparos. O serviço começaria na última segunda-feira, mas teve que ser adiado por causa da chuva.

O desabamento da marquise resultou na morte de Francisco Cardoso da Silva, de 58 anos, que passava pelo local no momento da queda e foi atingido na cabeça por destroços. Caso fique comprovada a omissão por parte do proprietário, ele poderá ser indiciado por homicídio culposo. A pena varia de um a três anos de prisão. O delegado disse que vai esperar o laudo do Instituto de Criminalística, que deve ficar pronto em 20 dias, para se pronunciar.

Alfredo mora com a família nos dois pavimentos do prédio de três andares onde ocorreu acidente. Ele trabalha no bar que fica no térreo da edificação. Tanto a residência como o comércio foram lacrados pela Defesa Civil. Caso o proprietário descumpra a interdição, responderá judicialmente por crime de desobediência. Uma vistoria realizada ontem no local identificou irregularidades como as infiltrações no teto, na lage e na marquise.

A Defesa Civil deu um prazo incial de 30 dias para que Alfredo Gomes providencie um laudo técnico sobre a estrutura do prédio. Se ele não providenciar o documento, o caso será encaminhado à Agência de Fiscalização do DF para a emissão de multa. 

O prédio tem alvará, documento autorizando a obra, segundo o administrador regional de Ceilândia, Leonardo Moraes. No entanto, ele não possui a certidão do habite-se, que atesta que o imóvel foi construído seguindo as exigências da legislação do DF. O edifício poderá ainda ser demolido, caso seja condenado pela Defesa Civil.

Balança mas não cai. Será?


Recentemente foi publicada a foto acima no site Ceilandia.com mostrando o descaso do governo com as construções irregulares em Ceilândia. Várias construções como esta estão presentes em todos os setores de Ceilândia, só não vê quem não quer. O resultado está aí agora:

Morre homem atingido após queda de marquise

Morreu, na manhã desta quinta-feira (22/01), Francisco Cardoso da Silva, de 58 anos. Ele deu entrada no Hospital de Base do Distrito Federal às 10h49 de ontem, em estado gravíssimo, após ter sido atingido na cabeça por pedaços de uma marquise que desabou no PSul, em Ceiândia. 

Ele estava em coma e respirava com a ajuda de aparelhos. A equipe de neurocirurgia do HBDF acompanhava o caso, mas o homem não resistiu aos ferimentos. A causa da morte será divulgada pelo Istituto Médico Legal. 

A marquise do terceiro andar do Bloco C da QNP 34 desabou sobre a laje do andar abaixo, por volta das 9h de quarta-feira (21/01). Pedaços de concreto atingiram a varanda do primeiro andar e alguns caíram na calçada. Um deles acertou a cabeça de Francisco, que passava pelo local. 

Ele recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros e foi conduzido ao Hospital Regional de Ceilândia. Em função da gravidade dos ferimentos, precisou ser transferido de helicóptero para o Hospital de Base, onde já chegou em coma.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Metrô no Setor O

Em uma rápida viagem entre as estações da Praça do Relógio, em Taguatinga, e a Central de Ceilândia, o governador Arruda entregou à população o último dos 20 trens previstos no início da construção do metrô.

Na Estação Central de Ceilândia, o governador autorizou a assinatura do contrato para a aquisição de 12 novos trens e a modernização da frota e dos sistemas atuais, com o objetivo de melhorar o desempenho das composições.

Esses veículos entrarão em operação em futuras linhas, ainda não construídas, como as que estenderão o metrô até o setor de expansão de Samambaia, ao Setor O de Ceilândia e até o Hospital Regional da Asa Norte.

Fonte: ComuniWEB

Feirões em áreas públicas

Recentemente foi assinado um decreto que proíbe a realização de feirões de automóveis nas áreas públicas do Distrito federal. Em Ceilândia, esses feirões, realizados em áreas públicas, são muito frequentes. Porém, a AGEFIS faz vista grossa para o problema. As leis do DF parecem não valer para nossa cidade.

Outro grande problema é a invasão das áreas públicas por depósitos de lojas de materiais de construção.

A imagem abaixo mostra a área entre Ceilândia Norte e o Setor O tomada por veículos e materiais de construção.


Clique na imagem para ampliá-la

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Entra e sai de administradores prejudica a população

Troca administrador aqui, troca administrador ali; e a população pensa o quê sobre isso? “Se está acontecendo muita troca, é sinal de que não está indo bem, né?”, opina o estoquista Clenildo Alves de Abreu. 

Das 29 cidades, apenas dez não trocaram de comando desde janeiro de 2007. O tenente coronel Leonardo Moraes já é o terceiro administrador da Ceilândia. Ele era comandante do Batalhão da PM de Taguatinga, sempre morou no Lago Sul e não se importa que a população não saiba o nome dele. 

“A cidade pode dizer se tal administrador está trabalhando bem ou não, mas não necessariamente saber o seu nome. Porque não existe campanha que torna público o meu rosto no dia-a-dia pra comunidade”, justifica Moraes. 

Para o especialista em contas públicas, Raul Veloso, o administrador da Ceilândia tem o perfil oposto ao que deveria ter. “O ideal é que seja uma liderança que tenha nascido das próprias organizações da comunidade. Vai ter um ou outro caso que é necessário fazer uma troca rápida, mas não faz sentido você ter um troca-troca em quase todas as administrações”, rebate Veloso. 

Mas o governo pensa diferente. Para o GDF, o entra e sai de administradores não atrapalha o andamento de projetos na cidade, nem traz prejuízos à população. Mesmo não agradando a todos, o governo já avisou: essa dança de cadeiras deve continuar. 

“A maioria das pessoas que foram administradores, hoje estão colaborando com o governo em outras posições. E outros que estão em outras posições, poderão vir a colaborar com o governo também nas administrações regionais”, afirma o secretário de Governo José Humberto Pires. 

“Começa a fazer uma coisa, deixa no meio do caminho. O outro entra, acha que aquilo não está bom, recomeça de novo; e por aí vai a bagunça. Com isso, a população perde muito”, reclama a secretária Vilsa Maria Barbosa.

Fonte: DFTV

domingo, 4 de janeiro de 2009

Poluição sonora - Barulheira no limite da saúde

Admar José de Souza, 22 anos, imposta a voz e anuncia: “É só hoje. Tem calça jeans masculina a partir de R$ 19,99. Você também encontra calça jeans feminina a partir de R$ 24,99. Aproveita. Você pode parcelar em até três vezes sem juros no cartão Mastercard, e em até quatro vezes sem juros no Visa. E você também pode parcelar em até cinco vezes sem juros no cartão da loja.” Potencializada por um carro de som, a frase é repetida centenas de vezes entre as 9h30 e as 17h30 na Avenida Comercial do Recanto das Emas. 

O exemplo não é isolado por ali. Boa parte das lojas da Avenida Comercial do Recanto das Emas tem caixas de som instaladas ou contrata veículos aparelhados para fazer propaganda. Os anúncios dos locutores são entremeados por música sertaneja, brega, dance ou marchinhas. E, para completar, há, ainda, o tráfego intenso – motoboys acelerando, ônibus com pastilhas de freio gastas, carros com problemas de escapamento. Tanto barulho faz o decibelímetro (aparelho que serve para medir o nível de ruído) oscilar entre 70 e 74 decibéis (dB), bem acima dos 50dB permitidos para esse tipo de área. 

Nos dois últimos anos, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) fez 139 autuações por poluição sonora. O Plano Piloto é o campeão do barulho, com bares e boates desrespeitando os níveis de ruído permitidos pela Lei Distrital nº 4.092/08. Em seguida aparecem Taguatinga, Ceilândia, Gama e Recanto das Emas. Nesses pontos, a poluição vem das caixas de som em frente às lojas ou adaptadas em carros de passeio. “Um quarto das denúncias que recebemos é por poluição sonora. No fim do ano, quando o comércio está ansioso pelas vendas, as reclamações aumentam”, comenta Eduardo Freire, superintendente de Licenciamento, Planejamento de Operações e Fiscalização do Ibram.

Prejuízos 
O barulho é considerado uma espécie de poluição porque provoca diversos prejuízos à saúde. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no patamar entre 56dB a 75dB, os ruídos causam incômodo. Na faixa seguinte, entre 76dB e 85dB, eles podem afetar a saúde. Já acima dos 85dB e, quando a exposição é prolongada, os danos são certos. “A exposição contínua gera problemas psicológicos e desequilibra o sistema imunológico das pessoas”, explica Felipe Azevedo, chefe do Laboratório de Monitoramento e Controle Ambiental do Centro de Formação de Recursos Humanos em Transportes (Ceftru), da Universidade de Brasília (UnB). 


FIQUE ATENTO 

Poluição sonora 
Toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade. 

Tolerância 
A Lei Distrital 4.092/08 define limites de barulho para as diferentes áreas do DF que variam de 30 a 60 decibéis. A classificação é feita de acordo com o uso da área e os horários do dia. 

Problemas à saúde 
A poluição sonora pode provocar úlcera, estresse, desequilíbrios psicológicos e problemas de audição. Também pode aumentar o risco de infarto, derrame cerebral e hipertensão.

Número 
1/4 dos 552 autos de infração aplicados pelo Ibram nos dois últimos anos foram por poluição sonora. As localidades onde os fiscais viram maior número de situações em que o barulho ultrapassava o nível permitido foram Plano Piloto, Taguatinga, Ceilândia, Gama e Recanto das Emas.

O agricultor aposentado Olímpio Eustáquio de Araújo, 60 anos, mora no terceiro andar de um prédio localizado na Avenida Comercial de Taguatinga, um dos pontos mais barulhentos do DF, de acordo com as autuações feitas pelo Ibram nos dois últimos anos. O barulho que vem da rua é tamanho que faz os móveis da casa de Olímpio vibrarem. “Eu morava em chácara. Lá, ouvia o canto dos passarinhos. Aqui, sou obrigado a escutar música ruim”, reclama o agricultor aposentado. Mas, para ele, o que mais incomoda é o tráfego. “É preciso organizar alguma fiscalização para os ônibus. Eles estão velhos e sem regulagem”, reclama Olímpio, que pretende instalar um blindex na varanda para barrar as ondas sonoras.

Já a recepcionista Michele Pereira dos Santos, de 26 anos, vive na Quadra 102 do Recanto das Emas, uma das que estão atrás da Avenida Comercial. A casa de Michele fica a pelo menos 200 metros da Comercial, mas de lá ainda é possível ouvir o movimento da rua. “Não há sossego. De dia, o comércio faz propagandas. De noite, os bares e restaurantes insistem em música ao vivo ou som mecânico”, reclama. Michele, no entanto, diz que já se acostumou à situação porque não há outro jeito. “Eu até já consigo dormir de dia”, brinca ela, que trabalha à noite. 

Segundo Felipe Azevedo, do Ceftru, os danos à saúde existem mesmo quando as pessoas dizem já terem se acostumado com os ruídos. “Ainda que o cidadão garanta que não se incomoda, ele continua sendo afetado pela poluição sonora”, afirma o chefe do Laboratório de Monitoramento e Controle Ambiental do Centro de Formação de Recursos Humanos em Transportes (Ceftru). Em medições que o laboratório do Ceftru fez na W3, L2 e Eixinhos em 2007, o nível do ruído estava acima do recomendado pela OMS. Nesta época, a Lei n° 4.092/08 não havia entrado em vigor.

Clientes no grito 
Para atrair clientes, quase todas as lojas da Avenida Comercial do Recanto das Emas se valem de carros de som ou alto-falantes. “Aqui, é no grito. Senão, a loja esvazia”, explica o gerente da Tesoura de Ouro, Francisco Valdemir, responsável por ter colocado o vendedor Admar José de Souza na função de locutor no fim do ano passado. “Sem o som, o movimento cai 30%”, estima o gerente. 

Luís Carlos Bórgea, da Luart Calçados, localizada na mesma avenida, também garante que sem a dupla locutor/microfone não há como prosperar no comércio da cidade. “O cliente entra na loja por causa das ofertas que o locutor anuncia. Todo mundo aqui contrata locutor. Eu também tenho de contratar”, justifica Luís Carlos Bórgea. 

Em 2008, o Ibram concentrou ações contra a poluição sonora nos estabelecimentos comerciais. Lojas que usavam carros de som ou microfones para anunciar ofertas foram multadas em Taguatinga, Gama e Paranoá. O órgão de fiscalização também assinou acordo com grandes cadeias comerciais com filiais espalhadas pelas principais cidades do DF. “O problema é que o comerciante não abre mão se o vizinho de porta também não abrir. Por isso, pedimos ajuda para as associações comerciais”, explica Juraci Luiz Mendonça, gerente de controle, planejamento e operações do Ibram. Apesar de assegurado pela Lei n° 4.092/08, o poder de ação do Ibram é limitado. Para realizar as ações de combate à poluição sonora em todo o DF, há apenas dois fiscais especializados.