Produtos roubados são vendidos no Centro da Ceilândia diariamente
Uma queda de braços divide o centro de Ceilândia entre policiais e ambulantes. O problema acontece em plena luz do dia, perto do Restaurante Comunitário e do Fórum da cidade, onde uma movimentação de aproximadamente 40 homens chama a atenção de quem passa pelo local. Nas mãos deles: óculos, relógios, correntes de ouro e, principalmente, celulares. Tudo vendido por um preço simbólico. Produtos, que de acordo com a polícia, são roubados. Bem localizada, a feira que é chamada "feirinha do rolo", é motivo de preocupação para a polícia e para a administração da cidade, que já não sabem mais o que fazer para coibir a atuação dos indivíduos.
Por sua vez, a população sabe como são adquiridos aqueles produtos, mas poucos querem falar do problema. "Olha, aqui ninguém fala nada. Podemos sofrer alguma coisa mais tarde", disse um senhor que não quis se identificar. Outro, que também preferiu manter o nome em sigilo, foi taxativo. "Ali funciona a feira o rolo do centro da Ceilândia. Moro aqui a mais de 30 anos e essa feira sempre existiu. Só vendem produtos roubados", disse. Segundo relatos dos moradores da cidade, como antes havia muitos ambulantes no local, não dava para perceber a atuação desses homens, mas agora, com a remoção dos feirantes, os vendedores ilegais estão visíveis a todos.
Feira não é novidade para polícia
O delegado chefe da 15º Delegacia de Polícia, Adval Cardoso de Matos, confirmou que o problema é antigo, e a situação já é considerada um verdadeiro câncer no centro da cidade, pois não sabe como conter a atuação desses homens.
Ele disse que entre a policia, o local é conhecido como a "Feira do Celular", uma vez que 90% dos produtos vendidos são celulares roubados. Ele informou que já foram feitas várias parcerias entre a Policia Civil e a Polícia Militar para conter a situação, mas os vendedores desafiam a polícia dizendo que vão vencer os policias pelo cansaço, e não saem dali. Por sua vez o delegado disse. "Não sabemos o que fazer. A única alternativa é também vencê-los pelo cansaço, como eles já disseram que vão fazer com nos policiais", disse.
Ronda não é suficiente
O delegado afirmou que as batidas feitas no local são constantes. "Tem semana que vamos todos os dias. Eu reconheço que é um problema grave, que não sabemos como resolver", relatou. Outra dificuldade detectada pelo delegado nas constantes batidas, é o fato de não ter como autuar a pessoa que está vendendo celular por receptação de produtos roubados. Pois quem é roubado, não sabe informar o número de série do aparelho. "Sem esse número fica difícil para a gente saber a quem pertence o celular. E autuar o vendedor por roubo ou recepção", disse. Mas nem só relógios e celulares são encontrados na feira, segundo relatos do próprio delegado, até mesmo armas de fogo e drogas já foram apreendidos no local.
Ele explicou que já houve dias que a Policia Militar levou aproximadamente 70 homens que vendem mercadorias no local para delegacia. Mesmo tendo a certeza que os produtos são roubados, não tem como provar. As pessoas são liberadas depois de registrada a ocorrência. "A maioria das pessoas que vendem produtos naquele local, já tem passagem pela polícia", disse.
O delegado alertou para as pessoas que não comprem produtos desses homens, porque até mesmo quem compra pode ser autuados por receptação de mercadoria roubada.
Apesar do delegado informar que a PM faz ronda para tentar coibir a atuação dessas pessoas, nas duas horas que a equipe de reportagem esteve no local, não foi avistado nenhum policial atuando no centro da cidade. (V.S.)
Fonte: Tribuna do Brasil
Uma queda de braços divide o centro de Ceilândia entre policiais e ambulantes. O problema acontece em plena luz do dia, perto do Restaurante Comunitário e do Fórum da cidade, onde uma movimentação de aproximadamente 40 homens chama a atenção de quem passa pelo local. Nas mãos deles: óculos, relógios, correntes de ouro e, principalmente, celulares. Tudo vendido por um preço simbólico. Produtos, que de acordo com a polícia, são roubados. Bem localizada, a feira que é chamada "feirinha do rolo", é motivo de preocupação para a polícia e para a administração da cidade, que já não sabem mais o que fazer para coibir a atuação dos indivíduos.
Por sua vez, a população sabe como são adquiridos aqueles produtos, mas poucos querem falar do problema. "Olha, aqui ninguém fala nada. Podemos sofrer alguma coisa mais tarde", disse um senhor que não quis se identificar. Outro, que também preferiu manter o nome em sigilo, foi taxativo. "Ali funciona a feira o rolo do centro da Ceilândia. Moro aqui a mais de 30 anos e essa feira sempre existiu. Só vendem produtos roubados", disse. Segundo relatos dos moradores da cidade, como antes havia muitos ambulantes no local, não dava para perceber a atuação desses homens, mas agora, com a remoção dos feirantes, os vendedores ilegais estão visíveis a todos.
Feira não é novidade para polícia
O delegado chefe da 15º Delegacia de Polícia, Adval Cardoso de Matos, confirmou que o problema é antigo, e a situação já é considerada um verdadeiro câncer no centro da cidade, pois não sabe como conter a atuação desses homens.
Ele disse que entre a policia, o local é conhecido como a "Feira do Celular", uma vez que 90% dos produtos vendidos são celulares roubados. Ele informou que já foram feitas várias parcerias entre a Policia Civil e a Polícia Militar para conter a situação, mas os vendedores desafiam a polícia dizendo que vão vencer os policias pelo cansaço, e não saem dali. Por sua vez o delegado disse. "Não sabemos o que fazer. A única alternativa é também vencê-los pelo cansaço, como eles já disseram que vão fazer com nos policiais", disse.
Ronda não é suficiente
O delegado afirmou que as batidas feitas no local são constantes. "Tem semana que vamos todos os dias. Eu reconheço que é um problema grave, que não sabemos como resolver", relatou. Outra dificuldade detectada pelo delegado nas constantes batidas, é o fato de não ter como autuar a pessoa que está vendendo celular por receptação de produtos roubados. Pois quem é roubado, não sabe informar o número de série do aparelho. "Sem esse número fica difícil para a gente saber a quem pertence o celular. E autuar o vendedor por roubo ou recepção", disse. Mas nem só relógios e celulares são encontrados na feira, segundo relatos do próprio delegado, até mesmo armas de fogo e drogas já foram apreendidos no local.
Ele explicou que já houve dias que a Policia Militar levou aproximadamente 70 homens que vendem mercadorias no local para delegacia. Mesmo tendo a certeza que os produtos são roubados, não tem como provar. As pessoas são liberadas depois de registrada a ocorrência. "A maioria das pessoas que vendem produtos naquele local, já tem passagem pela polícia", disse.
O delegado alertou para as pessoas que não comprem produtos desses homens, porque até mesmo quem compra pode ser autuados por receptação de mercadoria roubada.
Apesar do delegado informar que a PM faz ronda para tentar coibir a atuação dessas pessoas, nas duas horas que a equipe de reportagem esteve no local, não foi avistado nenhum policial atuando no centro da cidade. (V.S.)
Fonte: Tribuna do Brasil
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